Petista oscilou um ponto percentual para baixo, e presidente, um ponto para cima na última semana
No levantamento anterior, realizado há uma semana, o petista tinha 51%, e o atual mandatário, 42% —a diferença entre eles, portanto, oscilou de nove para sete pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.
Os que pretendem votar em branco ou anular no próximo dia 30 se mantêm em 5%, e os que ainda não decidiram seu voto, em 2%.
No cálculo dos votos válidos —que exclui os brancos e nulos e é usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições—, o ex-presidente tem 54%, e seu adversário, 46%. Na última rodada, eles tinham 55% e 45%, respectivamente.
Já na pesquisa espontânea (na qual os nomes dos dois não são lidos ao entrevistado) também há estabilidade. Lula aparece com 48% das menções (eram 49%), e Bolsonaro tem os mesmos 42%. Brancos e nulos somam 6%, e outros 4% não sabem.
A sondagem ouviu 3.008 brasileiros pessoalmente em 184 municípios do país, de sábado (15) até esta segunda. Foi finalizada, portanto, após o primeiro debate do segundo turno, realizado neste domingo (16) por Folha, UOL, Grupo Bandeirantes e TV Cultura.
O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-02707/2022.
Os entrevistados que dizem estar certos de sua escolha agora são 93% (eram 94% na semana passada), enquanto os que ainda podem trocar de candidato somam 7% (eram 6%), tanto para os eleitores de Lula quanto para os de Bolsonaro.
O presidente continua com a maior taxa de rejeição, apesar de ela ter oscilado negativamente: 46% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, contra 48% na semana passada. Já a recusa a Lula variou de 42% para 41% agora.
A pesquisa indica ainda um aumento dos que avaliam o atual governo como regular, de 19% para 23%. Os que o consideram bom ou ótimo passaram de 38% para 37%, enquanto os que o veem como ruim ou péssimo oscilaram de 41% para 39%.
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.
Até o instante de apertar o botão na urna, diversos fatores podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.
O presidente Jair Bolsonaro, aliados e apoiadores têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados dos levantamentos feitos em dias anteriores à votação do primeiro turno e o resultado da eleição divulgado pelo TSE.
No primeiro turno, no dia 2 de outubro, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções.
Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas Gerais e em quatro estados do Norte. Já Bolsonaro ficou à frente no Sul e no Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.